​São, para já, dados preliminares adiantados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mas confirmam um “crescimento consolidado” do Turismo do Centro nos vários indicadores analisados – dormidas, hóspedes e proveitos da atividade. A região registou, em 2017, um aumento superior a 14% em relação ao ano anterior, o dobro da média nacional fixada em pouco mais de 7%.

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Estes números, explica a entidade de Turismo do Centro de Portugal, “não incluem todos os alojamentos turísticos, deixando de fora o turismo de habitação, o turismo em espaço rural e o alojamento local”. Significa isto que o crescimento terá sido superior ao agora anunciado, uma vez que estas unidades assumem “um peso muito grande” entre as escolhas dos turistas.

Para se ter uma ideia da influência destes dados, em 2016 o total de dormidas na região atingiu os 5,6 milhões, praticamente o mesmo valor dos dados preliminares do INE para o último ano. A entidade pública acredita, por isso, que depois de somados os números deixados de fora nesta primeira análise as dormidas terão “ultrapassado largamente os 6 milhões”, lê-se em comunicado.

“Estes resultados enchem-nos de satisfação e de esperança num futuro dourado para o turismo no Centro de Portugal. Não é por acaso que esta região bateu todos os recordes de visitantes, dormidas e proveitos no ano em que mais foi atingida pela tragédia dos incêndios”, explica Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro.

O também responsável pela Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal sublinha ainda que “os empresários do turismo no Centro de Portugal são resilientes” e têm conseguido “dar a conhecer as potencialidades da região como destino, especialmente a nível internacional”, defende.

À frente da média nacional

​Açores (+15%), Centro (+14%) e Alentejo (+11%) foram, em 2017, as regiões mais procuradas pelos visitantes e turistas, que cada vez mais optam por opções que não constem dos habituais roteiros. Lisboa (+8%), Porto e Norte (+7%), Algarve (+5%) e Madeira (+1%) foram as zonas que menos cresceram no último ano – tudo somado, a média nacional fixou-se em pouco mais de 7% de crescimento.

​No Centro, o mercado internacional continua a ser aquele com maior peso no aumento dos números, crescendo 29%, enquanto os turistas nacionais incrementaram em cerca de 3%. Estes dados contribuem, naturalmente, para um maior proveito monetário para a região, que atingiu os 272 milhões de euros em 2017, mais 19% em relação ao período homólogo. São boas notícias que o Centro recebe de braços abertos depois de um ano em que foi fustigado pelos incêndios de junho e outubro.