A Trienal no Alentejo fecha o seu ciclo de atividades com a exposição de Mário Macilau naquela que ficou conhecida como “Terra dos Sapateiros”. A obra é um registo emocional dos materiais utilizados neste ofício em vias de extinção, e que hoje é assegurado por um dos últimos sapateiros de Almodôvar.

Inaugura no dia 7 de abril a exposição fotográfica "Ida e Volta", do artista moçambicano Mário Macilau, que fecha o ciclo de eventos da Trienal no Alentejo (TnA). A inauguração dá-se pelas 18h, no Fórum Cultural de Almodôvar, no Convento de Nossa Senhora da Conceição onde obras vão estar expostas até 31 de maio.
Da partilha de experiências com um dos últimos sapateiros em Almodôvar, mestre Ameixinha, durante a residência que Mário Macilau efetuou, resulta uma obra fotográfica que faz um registo emocional dos utensílios que eram usados por estes artífices, procurando salientar as memórias associadas a um ofício que atravessou nesta localidade várias gerações.
O município de Almodôvar tem uma história rica no que diz respeito às artes tradicionais pouco conhecida do público, tendo sido outrora denominado como “Terra dos Sapateiros”, chegando a ter 200 no ativo. O aparecimento de novas tecnologias e da produção industrial em massa nos últimos 25 anos levou a um decréscimo abrupto dos artesãos na região. Hoje, a vila conta com poucos guardiões desta arte em vias de se extinguir.
As imagens captadas pelo artista moçambicano Macilau em "Ida e Volta" traçam a história dos objetos a partir das suas marcas de uso, colocando-os ao nível de peças de museu. Constituindo uma espécie de relíquias de uma arte tradicional e autêntica, os objetos perecíveis e gastos criam uma nostalgia que contrasta com as novas formas de produção, na linha ténue que os separa da extinção total.
Mário Macilau nasceu em Maputo durante a fase mais crítica da guerra civil em Moçambique. O seu trabalho abrange projetos a longo prazo que se focam nas condições de vida de grupos isolados da sociedade. Como fotógrafo documental procura abordar as várias faces da condição humana sob a opressão, a injustiça e a pobreza. As obras do moçambicano falam de problemáticas políticas, sociais e culturais, em ligação com as transformações radicais do ser humano no tempo e no espaço. O trabalho é um dos seus temas recorrentes, sendo um ponto de referência para a reflexão sobre as realidades laborais. O detalhe e a expressão que imprime nos retratos são a sua marca pessoal que levam o observador a entrar na realidade representada.
Data: 7 de abril a 31 de maio | Local: Fórum Cultural de Almodôvar, Convento de Nossa Senhora da Conceição
Da partilha de experiências com um dos últimos sapateiros em Almodôvar, mestre Ameixinha, durante a residência que Mário Macilau efetuou, resulta uma obra fotográfica que faz um registo emocional dos utensílios que eram usados por estes artífices, procurando salientar as memórias associadas a um ofício que atravessou nesta localidade várias gerações.
O município de Almodôvar tem uma história rica no que diz respeito às artes tradicionais pouco conhecida do público, tendo sido outrora denominado como “Terra dos Sapateiros”, chegando a ter 200 no ativo. O aparecimento de novas tecnologias e da produção industrial em massa nos últimos 25 anos levou a um decréscimo abrupto dos artesãos na região. Hoje, a vila conta com poucos guardiões desta arte em vias de se extinguir.
As imagens captadas pelo artista moçambicano Macilau em "Ida e Volta" traçam a história dos objetos a partir das suas marcas de uso, colocando-os ao nível de peças de museu. Constituindo uma espécie de relíquias de uma arte tradicional e autêntica, os objetos perecíveis e gastos criam uma nostalgia que contrasta com as novas formas de produção, na linha ténue que os separa da extinção total.
Mário Macilau nasceu em Maputo durante a fase mais crítica da guerra civil em Moçambique. O seu trabalho abrange projetos a longo prazo que se focam nas condições de vida de grupos isolados da sociedade. Como fotógrafo documental procura abordar as várias faces da condição humana sob a opressão, a injustiça e a pobreza. As obras do moçambicano falam de problemáticas políticas, sociais e culturais, em ligação com as transformações radicais do ser humano no tempo e no espaço. O trabalho é um dos seus temas recorrentes, sendo um ponto de referência para a reflexão sobre as realidades laborais. O detalhe e a expressão que imprime nos retratos são a sua marca pessoal que levam o observador a entrar na realidade representada.
Data: 7 de abril a 31 de maio | Local: Fórum Cultural de Almodôvar, Convento de Nossa Senhora da Conceição