Chegou esta quinta-feira aos cinemas o primeiro filme do mundo pintado a óleo, A Paixão de Van Gogh, sobre a vida e obra do artista holandês. Uma longa-metragem que tinha tudo para não correr bem, mas que chegou a bom porto depois de oito anos a ser pensado e de envolver o trabalho de 115 pintores.

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Hugh Welchman explica, em declarações à SIC, que sabia que “pintar 65 mil fotogramas com pinturas a óleo seria a forma mais lenta de sempre de produzir um filme”, embora não tenha sido impedimento para avançar. Para se ter uma ideia da dimensão do trabalho, se as pinturas realizadas fossem espalhadas no chão ocupariam o espaço equivalente a toda a área de Londres e de Manhathan.

Com formação em animação e cinema, Dorota Kobiela, a segunda realizadora e esposa de Hugh, conta que “resolvi combinar as duas coisas” para produzir A Paixão de Van Gogh. Na mesma entrevista à estação de televisão explica que, aquando da primeira exibição do filme, estava muito nervosa porque não sabia que reações esperar do público. No entanto, o resultado foi “uma ovação de dez minutos” no final.

O filme está agora em exibição nos cinemas nacionais e é mais uma forma diferente, e original, de contar o percurso de vida de Vincent Van Gogh – é, aliás, semelhante à exposição multimédia que está patente em Lisboa (recorde o artigo).