Se há vinte anos os produtos nacionais eram vistos, pelos portugueses, como inferiores àqueles produzidos além-fronteiras, hoje a perspetiva é completamente diferente. Temos o melhor jogador de futebol do mundo, a melhor seleção da Europa, alguns dos melhores chefes de cozinha do planeta e um país que, de Norte a Sul e de Este a Oeste, é elogiado pelas suas paisagens, tradições e cultura. Agora temos também o melhor azeite ligeiro do mundo, nascido e criado em Ferreira do Alentejo.
A responsabilidade é da Sociedade Agrícola Vale do Ouro, que levou o seu néctar dourado a participar no maior concurso internacional de azeite, o Mario Solinas, uma espécie de ‘óscares’ do setor. Na competição participaram 184 marcas de vários países – Portugal, Espanha, Itália, França, Grécia, Croácia, Tunísia, Marrocos, Turquia e China – em quatro categorias: azeite verde intenso, médio, ligeiro e maduro.
Para apurar os melhores, o júri do Mario Solinas realiza provas cegas de todos os participantes, atribui uma pontuação e, no final, não dispensa as análises para que tudo seja avaliado. Nos prémios que daí resultaram – e que foram entregues esta tarde em Nova Iorque, nos Estados Unidos -, Portugal venceu, ainda, mais três galardões: um para a Sovena, um para a Fitagro e outro para a Elosua, estes dois últimos de Ferreira do Alentejo.
Com a conquista do primeiro lugar do pódio, o azeite da Sociedade Agrícola Vale do Ouro permitiu que Portugal igualasse Espanha no que diz respeito ao número de primeiros e segundos prémios conquistados, apesar do país vizinho ser o maior produtor mundial.
Já entre os restantes países participantes, a China surpreendeu com a eleição de um dos dois azeites que tinha a concurso como o melhor do mundo na categoria de maduro.