EP. 2 | Prof. Edgar Nogueira
O Fado está entranhado no sangue e na alma dos portugueses, vincado nos traços de Lisboa e Coimbra, mas com repercussão em todo o mundo através da voz de muitos músicos nacionais. Para conhecer um pouco melhor esta dimensão da música, fomos até ao Museu do Fado, em Lisboa, para conversar com o professor Edgar Nogueira, mestre – como há poucos – da guitarra portuguesa.
Veja a entrevista e fique atento para participar no passatempo relacionado com o segundo episódio das «Conversas com Gosto» (veja abaixo).
Vinho à mesa
O segundo episódio das «Conversas com Gosto» levou Fátima Ferrão e Edgar Nogueira aos recantos do Fado com a ajuda do harmonioso Quinta da Aveleda, produzido em Amarante, tal como o nosso convidado. Este excelente exemplo da qualidade dos vinhos verdes é um blend das castas Loureiro e Alvarinho, esta última a cara da região.
Como em todos os programas da rubrica, a Travel&Taste está a sortear uma garrafa igual à da entrevista. Para se habilitar ao prémio, basta que responda à questão que colocamos no passatempo e esperar que a sorte lhe bata à porta.
O programa em poucas palavras
História de um guitarrista poeta
Edgar Nogueira é natural de Ansiães, em Amarante, terra de vinhos verdes por excelência e, aparentemente, de músicos de alto gabarito. Desde muito jovem, Edgar dedicou-se aos instrumentos, começando pelo violino e acabando, inesperadamente, na guitarra portuguesa por influência da família.
Viu crescer em si o amor pela guitarra e decidiu trocar a terra natal pelo coração do Fado e do país, chegando a Lisboa aos 20 anos. Pelas estreitas ruas do Bairro Alto, Alfama e Mouraria, o aspirante a guitarrista profissional bateu a várias portas procurando por sábios ensinamentos que permitissem alcançar o patamar de sucesso no Fado. O desejo era tocar nas grandes casas de Fado, para o povo, para dirigentes políticos e quem mais aparecesse.
“A guitarra precisava de música clássica para provar que era um instrumento clássico (…) e que era boa sem fadista à frente”
Edgar Nogueira
Mais tarde, com a arte apurada, dedicou-se ao estudo intensivo da música clássica com o objetivo de engrandecer a guitarra portuguesa e provar a um meio pouco recetivo que o instrumento podia ser de concerto. Concerto a solo. Para isso aprendeu obras de grandes compositores clássicos, como Mozart e Bach, e acabou a ser chamado de Paganini português. Porquê? Todas as respostas e muito mais histórias na entrevista.
Hoje empresta o seu nome a um quarteto, o Quarteto Edgar Nogueira, que mostra uma outra faceta do Fado e que tem conquistado público por todo o país. No final de 2015, o professor lançou o seu primeiro livro com um conjunto de poemas construídos (e vividos) ao longo de várias décadas, que refletem a vida na tropa, no Fado e na música. «Os meus poemas, o meu Fado» está à venda e merece um lugar nas bibliotecas dos portugueses.
Improviso exclusivo
Ficha Técnica
Apresentação: Fátima Ferrão | Câmaras e som: Christopher Alves, Cláudia Figueiredo e Rafaela Faria | Produção: Cláudia Figueiredo, Francisco de Almeida Fernandes e Rafaela Faria | Travel&Taste © 2016
Este episódio teve apoio à produção de: