A zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia é, desde há muito, local de concentração dos grandes armazéns de produtores de vinho do Porto e que hoje se tornaram museus, restaurantes e locais de cruzamento entre a arte de bem beber e a de bem comer. Depois da renovação das Caves Cálem, é agora vez da Real Companhia Velha recuperar parte da sua história e partilhá-la com todos.
Para o fazer, a produtora de vinhos do Douro e Porto idealizou o 17.56 Museu & Enoteca, um projeto que serve cultura a copo com a criação do Museu da 1ª Demarcação – do Douro, a primeira zona vínica do mundo a ser classificada. Além de uma viagem pela história, em que não faltarão, certamente, referências a Moreira da Fonseca, há ainda espaços dedicados à descontração e ao lazer.
É o caso da sala de provas e loja de vinhos, a que se junta a Enoteca. Este será, provavelmente, o espaço mais curioso: além de reunir todos os grandes vinhos da Real Companhia Velha, conta ainda com uma seleção rigorosa dos “melhores vinhos de Portugal e das grandes regiões do Velho Mundo”. Ou seja, será, na prática, o refúgio ideal para os verdadeiros apreciadores.
E porque a gastronomia está intimamente ligada ao vinho, não podiam faltar opções para matar a fome e, mais importante ainda, para criar harmonizações. Para esse efeito, a Enoteca vai contar com uma queijaria, oferta de peixes e mariscos, “sandes gourmet, steakhouse e um raw bar”. Não faltam, também, um lounge e um cigar club com acesso a um terraço panorâmico sobre o Douro e o Porto.
O projeto, pensado e idealizado há dois anos pelo produtor, vai contar com três mil metros quadrados e será apresentado oficialmente no final da semana.