O insólito aconteceu na passada quarta-feira, dia 11, quando as praias da linha de Cascais e um pouco por todo o país se encheram de pessoas à procura de um lugar ao sol, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde declarava o COVID-19 como pandemia mundial. O cenário, que foi fortemente criticado pelo poder político e pelas autoridades de saúde, não se poderá repetir tão cedo: as atividades nas praias nacionais estão interditas até ordem em contrário.

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A informação foi avançada pela Autoridade Marítima Nacional (AMN) na noite deste sábado, através de um comunicado publicado no site oficial, onde refere que o objetivo é “minimizar a probabilidade de disseminação da COVID-19”. As restrições, diz, aplicam-se a “todas as atividades desportivas ou de lazer que impliquem aglomerados de pessoas, nas praias do Continente, Madeira e Açores”.

Da mesma forma, a AMN recomenda que a população não vá a banhos e que não se desloque às praias, cumprindo as recomendações dadas pelo Governo no sentido de promover o isolamento social no âmbito do COVID-19. A “medida preventiva” deverá ser “levantada logo que estejam reunidas todas as condições de segurança”, informa ainda no mesmo comunicado.

A decisão surge já depois de várias autarquias terem interdito as atividades de lazer nas suas praias, nomeadamente Gaia, Espinho, Cascais ou o Funchal. Na Madeira, o presidente regional Miguel Albuquerque disse, também este sábado, que o surto de COVID-19 “não é uma brincadeira” e que o controlo da quarentena obrigatória para quem aterre no arquipélago será devidamente controlado pelas autoridades.

Também nos Açores, a chegada de passageiros via aérea – algo que ambos os governos regionais estão a procurar interditar através de pressão ao Governo central – terá como resposta a medida preventiva de quarentena obrigatória.