“São crescentes as evidências de incumprimento das recomendações de saúde pública”, denuncia o Governo Regional dos Açores em comunicado publicado na noite desta terça-feira. Existem hoje 27 casos positivos ativos de COVID-19 em toda a região autónoma, sendo que estão todos concentrados na ilha de São Miguel. Em resposta, o Conselho de Governo decidiu encerrar as discotecas e limitar o horário de funcionamento dos bares até às 22h.
A medida surge depois de ter sido identificada uma “situação que inspira maiores cuidados” relativa à existência de “uma cadeia de transmissão local do vírus, com incidência nos concelhos de Ponta Delgada e Vila Franca do Campo”, lê-se no documento. De acordo com a análise realizada pela Autoridade de Saúde Regional, o universo de pessoas relacionadas com esta cadeia de transmissão “tem idades na casa dos 20/30 anos”, sendo os principais locais de contaminação identificados como espaços recreativos noturnos.
O Governo Regional, depois de reunido de forma extraordinária e por videoconferência, tomou a decisão de implementar restrições locais, à semelhança do que aconteceu na área metropolitana de Lisboa, no continente. A partir da próxima quinta-feira, 13 de agosto, as discotecas vão permanecer encerradas até 1 de setembro, enquanto os bares podem manter-se em funcionamento, mas apenas até às 22h. As mesmas regras aplicam-se aos postos de abastecimento, que a partir das 22h só poderão vender combustível.
“Para além destas, e no âmbito de um conjunto de outras medidas já em vigor, o Conselho do Governo deliberou prorrogar, até às 24:00 horas do dia 1 de setembro, desde logo, a situação de calamidade pública nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial, bem como a situação de alerta nas ilhas Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo”, informa o comunicado.
Estas novas regras em São Miguel, em resposta à COVID-19, poderão ser prolongadas ou alteradas a qualquer momento conforme a evolução da situação epidemiológica.