Neste verão nada será como dantes. Graças à Covid-19, as praias terão novas regras de acesso e os festivais de verão estão todos cancelados até 30 de setembro. A decisão foi hoje tomada pelo Governo durante o Conselho de Ministros, e entrará em vigor assim que for aprovada pela Assembleia da República.

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A notícia, que já era esperada, afeta milhares de pessoas que já tinham adquirido os seus bilhetes e que, anualmente, frequentam os vários festivais que acontecem de norte a sul do país. Segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatística), em 2018, foram 16,8 milhões de festivaleiros os que passaram por todos os eventos em solo nacional, um número que tem crescido de ano para ano (em 2012 eram cerca de 8,7 milhões).

Para que ninguém fique prejudicado, o Governo aconselha os promotores dos espetáculos a emitir vales compensatórios, no valor da compra, que poderão ser usados quando o evento for remarcado. O mesmo acontecerá no caso de outros eventos e espetáculos que sejam cancelados devido à pandemia da Covid-19. No entanto, esta é apenas uma proposta genérica que terá que ser detalhada em decreto-lei e, posteriormente, votada.

Durante o mês de abril, a organização do Rock In Rio já tinha anunciado o cancelamento do festival, adiando a sua realização para junho de 2021. Por todo o país, outros festivais e eventos de menor dimensão também já tinham sido cancelados.

Pouco depois da divulgação do comunicado do Governo, o PCP (Partido Comunista Português) reagiu, também em comunicado, afirmando que a Festa do Avante “não é um simples festival de música”, e mostrando-se contra a decisão governamental. Entretanto, o Governo atualizou a informação divulgada mantendo a proibição de “todos os festivais de música e eventos similares”.

Resta continuar a assistir às inúmeras iniciativas que estão a decorrer online.