Partindo de uma iniciativa inédita em Portugal – mas comum noutros países da Europa -, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) desafiou os portugueses, em outubro de 2015, a contribuir para a compra da obra A Adoração dos Magos, de Domingos Sequeira.

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“Vamos por o Sequeira no lugar certo” moveu e convenceu milhares de pessoas, até esta quarta-feira, data em que foram conseguidos os 600 mil euros necessários para manter o quadro no museu. Na reta final da angariação, foram importantes os 35 mil euros doados pela Casa de Bragança; mas não são esquecidos todos (e foram muitos) os esforços desenvolvidos por particulares, empresas e eventos ao longo de seis meses.

Agora, antes de colocar a obra de Sequeira “no lugar certo” – em exposição -, é necessário proceder ao restauro da pintura, que deverá poder ser vista já a partir de 21 de maio no MNAA.

Na Internet, as opiniões sobre este caso dividem-se: por um lado, há quem defenda tratar-se de um sinal positivo de cidadania e consciencialização da importância de manter o património artístico; por outro, existe quem considere este dinheiro mal empregue, dado a situação financeira portuguesa. Certo é que Portugal ganhou, assim, um novo argumento para alimentar o orgulho nacional, além de ter dado um grande passo no que à conservação e proteção do património diz respeito.