O surto de COVID-19 continua a fazer estragos na economia, com especial impacto no setor do turismo e das viagens. Depois de, na última semana, a TAP ter confirmado o cancelamento de 1000 voos ao longo dos próximos meses, a companhia aérea portuguesa volta a anunciar a suspensão de mais 2500. A low-cost Ryanair confirma, também, o cancelamento de voos para Itália.

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Em comunicado enviado às redações na tarde desta segunda-feira, a TAP refere que “decidiu reduzir a capacidade para os próximos meses em cerca de 2500 voos adicionais”, totalizando 3500 ligações aéreas afetadas em março, abril e maio. De acordo com a transportadora, estes números são “equivalentes a 7% dos voos programados em março, 11% em abril e 19% em maio”.

O cancelamento destas operações deve-se, afirma, ao registo de desistências de reservas ao longo dos últimos dias, com especial incidência nas ligações com destino às regiões mais afetadas em Itália. No entanto, a empresa refere ainda que será reduzida a oferta para destinos como Espanha e França, que mostram sinais de abrandamento, assim como alguns voos intercontinentais.

Para viagens que tenham sido compradas em março, a TAP indica que será possível aos passageiros procederem à alteração das datas sem necessidade de pagarem taxas adicionais. “A isenção da taxa de alteração está disponível para voos operados pela TAP em todas as rotas, datas e tarifas (exceto tarifa discount), desde que a viagem tenha sido comprada durante o mês de março. Os clientes TAP Miles&Go e Corporate também podem beneficiar desta oferta”, informa.

Low-cost reduz oferta

À semelhança da companhia portuguesa, também a irlandesa Ryanair está a rever a oferta de e para Itália. Esta segunda-feira, a empresa confirmou, em comunicado enviado aos jornalistas, que irá proceder a “novos cancelamentos na sua programação de voos de/para Itália, e dentro do território italiano, devido ao bloqueio de viagens imposto pelo Governo Italiano durante o passado fim de semana de/para a Zona Laranja no Norte de Itália”.

Esta decisão será aplicada, no caso dos voos domésticos em Itália, a partir da meia-noite de 10 de março e prolongar-se-á, pelo menos, até à meia-noite de 8 de abril para ligações de e para Bergamo, Malpensa, Parma e Treviso.

Já no que diz respeito aos voos internacionais de e para Bergamo, Malpensa, Veneza, Parma, Rimini e Treviso, estarão interrompidos “desde a meia-noite de 12 de março até à meia-noite de 8 abril”. A companhia indica, no entanto, que serão realizados voos apenas às sextas, sábados, domingos e segundas-feiras. “As rotas com várias frequências diárias (por exemplo Stansted – Malpensa) reduzem-se a um voo diário em cada um dos dias (sexta-feira, sábado, domingo e segunda-feira)”.

De acordo com a Ryanair, que garante continuar a cumprir as orientações da Organização Mundial de Saúde no que diz respeito ao COVID-19, os passageiros afetados por estas alterações estão a ser notificados e serão reembolsados, seja através de transferência de voo, crédito de viagem ou restituição do dinheiro gasto.