A icónica marca norte-americana de café decidiu arregaçar as mangas e por mãos à obra no que diz respeito aos desafios de sustentabilidade que o planeta enfrenta e enfrentará ao longo dos próximos anos e décadas. De forma a reforçar o compromisso da Starbucks com o ambiente, o seu responsável máximo, Kevin Johnson, escreveu uma carta dirigida aos acionistas, parceiros e clientes da empresa a explicar a importância de reduzir a pegada ambiental da sua atividade. O grande objetivo, diz, é tornar a marca “resource positive: dar ao planeta mais recursos naturais do que os que consumimos”.

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O nível de compromisso é tanto maior quanto a representação da Starbucks por esse mundo fora, já que tem mais de 17 mil espaços espalhados por cerca de 50 países. Significa isto que os gastos com água, energia, embalagens e combustível para transporte de mercadorias é elevado, tornando a pegada ambiental da empresa considerável.

Por isso mesmo, e porque a Terra atravessa um dos períodos mais críticos da sua história, Kevin Johnson quer unir os responsáveis internos em torno dos novos objetivos traçados – até 2030, procurará reduzir em 50% as emissões de carbono nas operações diretas e da rede de abastecimento; conservar ou repor 50% da água utilizada na atividade e produção de café; e diminuir em 50% os resíduos enviados para aterro sanitário, promovendo a economia circular. Neste campo, a empresa associou-se à New Plastics Economy da Ellen MacArthur Foundation, “que marca uma ambiciosa nova vida para as embalagens”, lê-se na carta enviada pelo CEO.

Além dos números definidos para atingir até ao final da década, a Starbucks compromete-se a “expandir as opções plant-based (ingredientes sem origem animal)”; evitar embalagens de utilização única, investir em práticas agrícolas inovadoras e regeneradoras, promovendo a reflorestação; investir em “melhores formas de gerir resíduos”; e, por fim, “inovar para desenvolver lojas mais amigas do ambiente”.

“No 50º aniversário da Starbucks, em 2021, vamos formalizar metas ambientais para 2030 baseadas em aprendizagens entre o passado e a atualidade”, escreve Kevin Johnson, que detalha explicando que a empresa vai “realizar diversas pesquisas e testes de mercado para entender melhor o comportamento do consumidor e incentivos para o uso de embalagens reutilizáveis”.

Apesar da intenção de ir ao encontro da neutralidade carbónica e da sustentabilidade da sua operação mundial, a empresa reconhece que para lá chegar é necessário “compromisso, investimento, inovação, parceria e tempo”. O CEO recorda ainda os esforços realizados ao longo de duas décadas para alcançar a meta de 99% do café utilizado ter origem ética, algo que considera fazer parte do ADN da organização.