Em 2013, a Ryanair anunciava que os clientes passariam a poder levar dois volumes na cabine, desde que respeitassem o tamanho máximo estabelecido pela companhia – os já conhecidos 55 x 40 x 20 cm. No entanto, o abuso de alguns e o aumento de passageiros obrigou a empresa a repensar as regras, surgindo agora uma nova metodologia.
Assim, a partir de 1 de novembro, apenas os clientes que paguem 5 euros à parte do bilhete – que permite embarcar antes dos outros passageiros e escolher o lugar onde se quer sentar – vão poder levar dois volumes no avião. Os restantes continuam a poder levar mala de senhora, por exemplo, mas o volume maior terá de ser despachado para o porão sem custos adicionais.
Em entrevista ao britânico The Guardian, o responsável de marketing da empresa, Kenny Jacobs, explica que esta medida “custará à Ryanair mais de 50 milhões de euros por ano em taxas de bagagem reduzidas”, mas que ainda assim é a melhor solução para descongestionar os voos. Isto porque cada avião tem, em média, cerca de 189 lugares e capacidade para 90 malas – fazendo as contas, torna-se evidente que não é possível que cada passageiro transporte dois volumes na cabine.
“Há muitas pessoas que levam duas malas muito grandes e ocupam o espaço de outra pessoa qualquer”, explica, mostrando que atualmente os voos da companhia estão 97% cheios.
Embora esta alteração não implique custos adicionais para os clientes que sejam obrigados a despachar as malas para o porão, a Ryanair vai alterar, também em novembro, os preços desta opção. Se até agora era necessário pagar 35 euros por uma mala adicional no porão até 15 quilos, no futuro será possível transportar bagagem até 20 quilos por 25 euros.