O distrito do Porto tem cada vez mais turismo, mais dinâmico e rico em experiências únicas para oferecer aos visitantes. Em setembro chega às águas do Douro um novo atrativo que, além de aludir à história do rio e à sua ligação ao vinho, tem um caráter de utilidade evidente: o transporte fluvial entre o Porto e Gaia em barcos rabelos.

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A ligação, que devia estar em funcionamento desde a Páscoa, já se encontra devidamente licenciada pela APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo à empresa The Fladgate Partnership. A entidade resulta de uma união entre quatro marcas de vinho do Porto: Taylor’s Port, Croft Port, Fonseca e Krohn, todas com caves na margem de Gaia.

As viagens regulares serão, segundo a empresa, asseguradas por duas embarcações em travessias com duração de cerca de três minutos, que deverão custar 2,50 euros. O objetivo é que este novo ’táxi fluvial’ consiga levar turistas e locais do Porto às caves de vinho do outro lado do rio, em alternativa à passagem pela ponte, quer a pé ou de carro.

Neste momento já existe um barco à espera de se apresentar ao serviço, que deverá começar entre finais de agosto e inícios de setembro, ao qual se vai juntar um segundo, ainda em construção em Setúbal (onde estão a ser promovidos cruzeiros com vinhos e petiscos a bordo). As embarcações vão ter um cais de desembarque destinado em cada uma das margens do Douro, que já estão em fase de construção.

Os barcos rabelos são um ícone do comércio no rio, de vinho, peixe e sal. A grande missão foi, durante muitas décadas, o transporte de barris de vinho das quintas durienses até às caves de Gaia, algo que mudou drasticamente com a construção da linha férrea no século XIX. Neste momento os rabelos ganharam nova vida, transportando turistas em passeios pelo rio e participando, anualmente, na regata de São João.