Ao início da tarde deste sábado, e já depois de ter apelado ao Governo central a suspensão de voos com origem nos países afetados pela pandemia de COVID-19, o presidente regional da Madeira anunciou que todos aqueles que aterrem no arquipélago serão obrigados a permanecer em quarentena durante 14 dias. A medida entra em vigor a partir da meia-noite de domingo, dia 15.

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“Não posso estar à espera. Uma vez que esta história dos voos, como solicitei, ainda não está resolvida, fica resolvido desta maneira. Ficam de quarentena e acabou”, disse Miguel Albuquerque de forma perentória durante a conferência de imprensa. Se dúvidas havia sobre a seriedade do assunto, o líder madeirense defendeu que “isto não é uma brincadeira” e garantiu que serão controlados todos os hotéis e casas para que ninguém desobedeça às restrições anunciadas.

Além dos voos que venham de fora, também as ligações, aéreas e marítimas, entre as ilhas serão restringidas já a partir deste sábado, proibindo a circulação entre a Madeira e Porto Santo, com exceção para os residentes na Ilha Dourada.

COVID-19. Açores decretam quarentena obrigatória para quem chega

Apesar de ainda não existir nenhum caso suspeito ou confirmado de COVID-19 na Madeira, as medidas de prevenção e controlo do surto têm vindo a ser agravadas no arquipélago ao longo dos últimos dias. Primeiro, com o encerramento dos portos e marinas e depois com a imposição de um controlo rigoroso da temperatura corporal a todos aqueles que aterrassem nas ilhas.

A decisão, que surge dias depois da Organização Mundial de Saúde ter declarado pandemia mundial, é semelhante à tomada pelo Governo Regional dos Açores, que também já tinha imposto quarentena obrigatória para quem chegasse às ilhas.

Chef Rui Paula lança apelo para combater os efeitos do Covid-19 no turismo

De forma a ajudar as empresas que dependem do turismo no arquipélago, o Governo Regional anunciou, sexta-feira, a disponibilização de 75 milhões de euros, a que se junta um pacote de 200 milhões hoje confirmado por Miguel Albuquerque. Também no continente têm surgido apelos do setor do turismo para que exista união entre os vários agentes económicos no combate ao surto de COVID-19.