O impacto das alterações e restrições impostas pelos diferentes Governos europeus devido ao COVID-19 têm tido “um impacto significativo e negativo na programação de todas as companhias aéreas do Grupo Ryanair”, como Ryanair, Lauda, Buzz ou Malta Air. Assim, a low cost informa, em comunicado enviado esta segunda-feira, que irá dar “maior flexibilidade” aos clientes para que possam alterar os voos marcados para abril.

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Estas facilidades implicam, por exemplo, deixar cair a cobrança de taxas de alteração de reserva, permitindo que os passageiros possam mudar o seu voo “sem custos para uma data no futuro”, que a empresa recomenda ser para depois do final de abril.

O único potencial encargo que os clientes terão, quando aplicável, será o pagamento da diferença na tarifa. A mudança, sublinha o Grupo Ryanair, “só se aplicará à rota que os clientes já tenham reservado”, ou seja, poderá alterar a data mas não o destino da viagem.

A empresa refere ainda que “espera que o resultado destas restrições seja a imobilização da maioria da sua frota em toda a Europa durante os próximos 7 a 10 dias”. A segurança dos passageiros e dos funcionários em relação à propagação do COVID-19, diz a Ryanair, é a “principal prioridade”, pelo que as várias companhias aéreas do grupo continuarão a seguir as recomendações das autoridades de saúde e a cumprir as restrições impostas por Governos como o de Itália, entretanto em quarentena total, o de Espanha, que também impôs a quarentena em todo o país, ou o de Portugal, que já anunciou o encerramento das fronteiras terrestres com Espanha e que discute esta segunda-feira o que fazer com as restantes fronteiras.

Recorde-se que durante o fim de semana e a partir de hoje, muitos restaurantes já encerram ou vão encerrar portas voluntariamente e que desde o final da semana passada o arquipélago da Madeira impôs quarentena obrigatória para todos os passageiros que aterrem nas ilhas, a mesma medida que já tinha sido decretada pelo governo regional dos Açores.