Em consequência das “severas proibições e restrições de viagem, que tiveram um impacto negativo na programação de todas as companhias aéreas da Ryanair”, a empresa decidiu tomar medidas mais drásticas e suspender, a partir do dia 24 de março, praticamente todos os voos em todas as rotas. A informação chegou esta quarta-feira através de comunicado oficial, no seguimento da pandemia de COVID-19.

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Como declara a Ryanair, “a situação muda diariamente”, o que obriga a constantes adaptações e alterações de planos. Assim, e depois de ter anunciado que iria reduzir a oferta em 80% entre 18 e 24 de março, o grupo que detém as transportadoras Buzz, Lauda, Malta Air e Ryanair confirmou que irá suspender “a maioria ou todos os voos” a partir das 24 horas de dia 24 de março e por tempo indefinido.

“A partir das 24h do dia 24 de março esperamos que a maioria ou todos os voos do Grupo Ryanair, fiquem em terra, exceto um número muito reduzido de voos serão operados para manter um nível de conectividade essencial, principalmente entre o Reino Unido e a Irlanda”, informa a companhia.

Numa altura em que existem cidadãos retidos em vários países do mundo e que precisam de regressar a casa, “a Ryanair continuará em estreito contacto com os Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todos os Governos da UE sobre a repatriação de cidadãos da UE e, sempre que possível, poderemos operar voos para apoiar esta repatriação”.

Alteração de voos gratuita

À semelhança do que o grupo já tinha anunciado no início da semana, os clientes que tenham sido, ou que venham a ser, afetados por estas alterações na programação das companhias aéreas, poderão reagendar as suas viagens gratuitamente.

O único potencial encargo que os clientes terão, quando aplicável, será o pagamento da diferença na tarifa. A mudança, sublinha o Grupo Ryanair, “só se aplicará à rota que os clientes já tenham reservado”, ou seja, poderá alterar a data mas não o destino da viagem.

Situação semelhante foi anunciada pela TAP, que está a permitir a alteração de voos até 24 horas antes da data reservada sem obrigar ao pagamento de taxas. No entanto, a companhia portuguesa permite a alteração de destino. Já no setor dos cruzeiros, a política de alteração ou reembolso tem sido seguida por três das maiores empresas, numa altura em que as viagens estão a ser alvo de cada vez mais restrições e em que, no caso português, o país está a partir de hoje em estado de emergência.