Esta não é, claramente, uma maratona como as outras. Apesar da distância da prova ser a standard para este tipo de corrida (42 quilómetros), são muitos os pormenores que a diferenciam das demais.

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Na Maratona de Médoc, junto a Bordéus, França, os atletas correm por entre as vinhas que compõem o cenário daquela região demarcada e tão conhecida pelos néctares que produz. E, como se não bastasse, quando param para refrescar-se, em alternativa à habitual água, têm como opção um copo de tinto ou de branco, acompanhado por queijo, enchidos, foie fras ou ostras. Original não?

A prova, que tem na sua génese a celebração da época das vindimas, já vai na sua 32ª edição – este ano decorre no próximo dia 10 de setembro -, e continua a fazer um enorme sucesso. Anualmente, as inscrições (que esgotam vários meses antes) contemplam cerca de 10 mil participantes, mas chegam a ter mais de 15 mil interessados.

Os participantes correm com disfarces que podiam ser de Carnaval ou Dia das Bruxas Foto: D.R.

O percurso inclui a passagem por cerca de 50 castelos que caraterizam aquela que é uma das mais famosas regiões de vinho do mundo, outro atrativo muito procurado pelos participantes. Pelo caminho há ainda bandas a tocar.

Um autêntico Carnaval

No meio de tanta originalidade, quem assiste à maratona de Médoc, não se espantará com a indumentária de grande parte dos participantes. É que à tradicional roupa desportiva juntam-se maratonistas disfarçados de personagens de banda desenhada, bruxas e vampiros, polícias e bombeiros, transformando a prova num desfile entre Dia das Bruxas e Carnaval. Aliás, quem não aparece com um qualquer traje, por mais disparatado que pareça, sentir-se-á certamente deslocado.

É claro que, apesar de toda a diversão, há quem leve a prova a sério e que procure até bater um recorde pessoal. Para estes, os pontos de apoio dispõem de água fresca e fruta, tal como acontece noutras maratonas.

Para todos, o limite temporal da corrida é de seis horas e 30 minutos. Resta a opção de aproveitar o tempo para comer, beber e divertir-se ou, para os profissionais, completar o trajeto com a maior rapidez possível para, no final, brindar à vitória.