A edição deste ano começou na passada quarta-feira, dia 15, e termina este domingo, 19 (dia de S. José, patrono das festividades), com a queima das Fallas que não venceram o concurso que elege a melhor de cada ano.

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Manda a tradição que na véspera do dia de S. José (patrono dos carpinteiros) se acendam fogueiras para anunciar a sua celebração, um ritual que recebeu o nome de ‘queima’ e que remonta ao século XIX. Nesta época, em Valência, a profissão de carpinteiro era uma das mais seguidas, sendo, até hoje, a região reconhecida pela indústria dos móveis.

Segundo reza a História, estas festividades foram iniciadas por um conjunto de carpinteiros que, em véspera do dia do seu patrono S. José, faziam uma fogueira purificadora, na qual queimavam restos de materiais e sobras diversas do seu trabalho, fazendo uma limpeza antes da chegada da Primavera.

Além disso, queimavam ainda as estruturas que suportavam os candeeiros de petróleo, uma vez que com o fim do inverno e com os dias mais longos, estes deixavam de ser necessários.

D.R.

Mais tarde, a população começou a queimar estruturas em cartão – as fallas – construídas propositadamente para a festa, cujas formas começaram a ser as mais variadas. Hoje, as fallas representam a sátira social e política, assim como outras temáticas atuais relacionadas com a sociedade e a sua dinâmica.

Ao longo de vários meses, as fallas são preparadas e construídas pelos diversos bairros e associações da cidade e colocadas em exposição nas ruas durante os dias da festa.

Depois de admiradas pelos populares há uma votação que elege a vencedora, a única que não será queimada no final da festa, ficando até ao ano seguinte.