Não existe chá das cinco. Tomado habitualmente, no Reino Unido, entre as 15h e as 17h, a hora mais frequente para este lanche é às 16h. Claro que cada um pode tomar uma boa chávena de chá em qualquer estação ou apeadeiro do relógio, ao longo do dia e do ano. Todavia, é pelas quatro horas da tarde que é considerada a hora do chá.

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Esta é uma das curiosidades sobre o ritual do chá que pode aprender numa visita ao Estoril Vintage Hotel, onde as tardes de outono ajudam a recuperar esta prática, considerada uma tradição inglesa, mas que afinal tem raízes nacionais.

Na realidade, o chá não era uma bebida muito conhecida, menos ainda popular, no Reino Unido, onde era usado como medicamento revigorante. Foi uma rainha portuguesa a introduzir o hábito do chá diário na cultura britânica. O hábito de beber diariamente chá foi introduzido na corte britânica pela rainha portuguesa Catarina de Bragança, filha de D. João IV, ao casar-se com Carlos II de Inglaterra. O chá era já então popular entre a aristocracia portuguesa, graças à ancestral relação do nosso reino com a China, de onde o chá é oriundo, e que chegava a Portugal pela rota estabelecida com Macau desde o século XVI. Os monarcas, os aristocratas e toda a entourage da corte eram os ‘influencers’ e rock stars da época, pelo que cedo se adotou o consumo de chá como um must de requinte.

Nunca é tarde para o Chá da Tarde

Ainda que a afirmação anterior seja verdade, há um intervalo de tempo que é considerado o certo para o designado Chá da Tarde, que, no Estoril Vintage Hotel, se situa entre as 16h e as 18h, altura em que pode ser tomado junto à piscina, nas salas de refeições interiores ou no terraço que dá acesso ao jardim e que conta com uma soberba vista para o mar.

Um ritual que já vem dos tempos em que este histórico e centenário palacete do Estoril não sonhava sequer com a possibilidade de ter hóspedes outros que não apenas família e amigos desta. Com uma ligação a Macau que atravessou inúmeras gerações da família Líbano Monteiro – atuais proprietários do palacete a quem este, antes de ser transformado em hotel, serviu de casa de família e onde cresceram todos os seus filhos –, o chá é mais um ente da casa.

Por ali, e diariamente, é possível desfrutar de uma – ou mais – chávena de chá, que pode acompanhar com os clássicos scones com manteiga e compota, mas também com torradas, mini sanduíches ou pastelaria variada. Mas, mais extensa do que a lista de acompanhamentos é a carta de chás e infusões disponibilizada nesta refeição ligeira, aberta a hóspedes e não hóspedes (necessita de marcação), que tem o custo de 30 euros por pessoa.