O comunicado chegou ao cair da noite desta segunda-feira às redações, garantindo que a edição de 2020 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), prevista de 11 a 15 de março, na FIL, vai realizar-se. A dúvida instalou-se no setor do turismo após as primeiras confirmações de infeção pelo novo coronavírus durante o fim de semana, motivando a Fundação AIP, responsável pela organização, a anunciar a decisão.
“A Fundação AIP anuncia que apesar das circunstâncias inerentes ao COVID 19, e depois de auscultar diferentes stakeholders da Bolsa de Turismo de Lisboa decidiu manter a realização do evento”, lê-se nas declarações enviadas aos jornalistas. No entanto, a entidade refere que será implementado um “Plano de Mitigação de Riscos, tendo em conta as orientações da Organização Mundial de Saúde e da Direção Geral de Saúde”, no sentido de “minimizar os possíveis impactos inerentes a este vírus”.
Entre as medidas anunciadas está a afixação de informação sobre os cuidados a ter, a disponibilização de dispensadores com gel desinfetante no recinto, de um posto médico avançado com médico e enfermeiro em permanência, bem como a criação de “uma área de isolamento com respetivo circuito e protocolo de evacuação”, refere.
Além dos cuidados agora anunciados, a organização “apela ao sentido de responsabilidade de todos aqueles que considerem poder ter estado expostos a um potencial risco de contágio, ou em zonas de risco, que se abstenham de participar” nesta edição da feira.
Cancelamentos à vista?
Recorde-se que para a edição de 2020 da Bolsa de Turismo de Lisboa estão inscritos cerca de 1500 expositores de 67 destinos internacionais, sendo que foram já registados três cancelamentos, embora não se saiba, ainda, quais os destinos em causa.
Apesar da crescente preocupação em torno da realização de grandes eventos em território nacional, alimentada pelo cancelamento de dezenas de feiras e concentrações internacionais em vários países, a Direção Geral de Saúde refere” que à data e seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde, não existem restrições de viagens, comércio ou produtos, e portanto, a decisão de participar ou não em eventos públicos e de massas pertence a cada cidadão”.